quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Assunto é leitura

Este é um espaço para " pensar linguagem" que, eu, entendo como a capacidade - extraordinária - do ser humano de produzir comunicação. Para começar, quero falar sobre a leitura. Especialmente sobre a leitura nos "oceanos da internet", como pontua uma obra de Ezequiel Teodoro. Sobram perguntas e perplexidades: o que é ótimo! Há muito espaço para pesquisa, para a reflexão, para o diálogo.

Que possamos começar com vigor, abertos às novas perspectivas comunicativas do universo contemporâneo!

10 comentários:

  1. Existem questionamentos que não saem da minha cabeça: querem a inclusão social mas, não dão acesso ao ensino. Não há estrutura escolar, não há motivação profissional para os educadores. Geralmente, alguns brasileiros têm acesso limitado ao computador, possuem conhecimento básico, em com isso, mal sabem navegar, não procuram usar essa ferramenta como instrumento de maior conhecimento educacional. Com o texto de Ezequiel Teodoro, ‘Leitura no mundo virtual: alguns problemas’, a maior “reflexão”, ou melhor, questionamento, que permeou os meus pensamentos foi sob esse aspecto: de como um país com um alto índice de analfabetismo, semi – analfabetismo, seja lá como for, pode ter crescimento significativo com relação à empregabilidade dos brasileiros se a exigência de experiência, de conhecimento, de acesso à informação é tão massacrante, em um país que possui governantes que se vangloriam de sustentar a população com algumas cestas – básicas e não elaborar projetos que possam dar acesso a grande massa ao ensino? Como pode um país ter profissionais especializados em um país em que o próprio presidente se orgulha de ter sido eleito ser ter lido nenhum livro? Como um profissional brasileiro pode sobreviver no mercado de trabalho? No momento, todas essas são perguntas, sem muitas hipóteses do que seriam respostas pertinentes. Antes de ler no virtual, é preciso saber ler no real.

    Comentado por: Juliana Franco da Cunha

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  2. Juliana,

    Não há uniformidade no cenário contemporâneo. Vivemos a heterogeneidade e, portanto, o desconforto. Não há computadores, não há formação, não há - por vezes - energia! Porém, não podemos, por isso, fechar os olhos para o novo. Concordo: é preciso saber ler no real antes de ler no virtual. Não foi a operação de leitura que mudou, foi o ambiente e os procedimentos. Para ler qualquer palavra, esteja onde estiver, preciso, só para começar, compartilhar o código, ou seja, ser alfabetizado. Porém, o que o ambiente virtual nos propõe é que o leitor deixou de ser imóvel, inativo - agora ele é participativo!

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  3. Ao ler o texto de Ezequiel Theodoro, pude entender minha dificuldade em selecionar as informações, que tanto aguçam minha mente,quando estou diante da tela do computador. Não sou uma "nativa digital", por isso navego às vezes em mares e às vezes em lagoas. Procurando aproveitar o lugar em que estou inserida, como cidadã e como profissional da educaçao, aproveito meus próprios desafios para interagir com os alunos,despertando neles a autoestima quando me ajudam, e ao mesmo tempo,a refletirem sobre o uso da liberdade digital com ética.
    Angelita

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  4. Josinéia comenta:
    Socorro! É a expressão que mais uso para pedir ajuda quando estou na frente do computador,pois fico ansiosa para acompanhar tantas mudanças repentinas que acontecem.
    O texo: "Leitura no mundo virtual" escrito pelo autor Ezequiel Theodoro da Silva, me fez refletir como professora do fundamental I (1ªa4ªsérie)na questão da alfabetização dos nossos alunos, pois além de ensiná-los a decodificar os códigos da nossa Língua Portuguesa, alfabetização convensional, tenho que alfabetizá-los virtualmente no mesmo instante. Tenho que conscientizá-lo que a linguagem convencional é diferente da usada na Web, que ler um impresso é totalmente diferente de ler na tela do computador, que nem tudo que está na rede devemos confiar e etc. Como educadores deveremos instruir nossos alunos no mundo virtual para que não se afogem perante a um oceano de informações.

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  5. Sei que comentários a respeito desta primeira postagem da senhora, professora, eram para a primeira semana do nosso módulo, mas, como não pude fazê-lo no período, posto meu comentário agora. Na verdade, só agora, depois de algumas leituras e reflexões, é que sinto necessidade de falar sobre os “oceanos da internet” e mais tranquilidade em relação a esse assunto. Como fiz TCC em Análise do Discurso e agora estou estudando leitura no ambiente virtual, observo que a internet é realmente um bom campo de pesquisa, a AD explica muita coisa desse novo meio, que é "estranho" para nós, acostumados com o meio real. Por exemplo, um artigo da professora ELzira, “Blog: o efeito terapêutico como economia do dispositivo confessional", discute sobre o fato de, há algum tempo, as pessoas guardarem escritos pessoais "a sete chaves", os diários eram muito discretos e não disponibilizado a terceiros; porém hoje, expressa-se sem medo nos blogs e em outros espaços virtuais, comenta-se sobre acontecimentos pessoais cotidianos, como em um "diário virtual disponibilizado em rede" (Uyeno). Essa mudança ou "abertura" proporciona um campo vasto para análises discursivas, pois é uma questão que envolve subjetividade, identidade, confissão (Foucault)...
    Então, quando pensamos em leitura, devemos entender as mudanças do mundo, da organização do mundo, entender a chegada das tecnologias, as formas de comunicação, para daí compreendermos o que é leitura, e leitura no ambiente virtual, que nos proporciona um "oceano" de dúvidas e questionamentos.

    Viviane Dinês de O. Ribeiro

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  6. E muito interessante. Estou fazendo o meu ultimo comentario neste blog exatamente na primeira postagem da professora Marcilene. Quanta coisa ja foi dita nesse por aqui e ainda muito ha o que dizer nao e? Gostaria de deixar aqui minhas impressoes positivas a respeito de como as aulas sobre a Leitura Virtual ou a Leitura na Pos-Modernidade vem contribuindo para o meu fazer pedagogico. Como minha amiga Viviane, compartilho do mesmo gosto pela Analise do Discurso e por meio de algumas pesquisas venho percebendo quao importante torna-se a figura do sujeito de leitor na construcao dos sentidos. Essa deveria ser a minha primeira postagem, porem esta sendo a ultima, e a sensacao e a mesma. Sao muitos horizontes que se abrem para a leitura no mundo virtual e e impossivel nao fazer uso do termo "oceanos da Internet" tao bem empregado por Ezequiel Teodoro para dizer que nao ha limites para os sentidos quando o assunto e leitura. Ate mais pessoal!!!

    Ricardo Augusto de Souza

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  7. Concordo com o termo "oceano da internet" utilizado por Ezequiel Teodoro, pois é assim que me sinto toda vez que procuro por alga na internet. Uma infinidade de informações, sites, blogs e assim por diante. Nesse oceano apenas navego, não consigo mergulhar.
    Tenho plena consciência de sua importância tanto para minha formação quanto para formação de meus alunos, mas acabo me mantendo à margem por saber que ainda há muito a ser feito antes que a educação informatizada seja uma realidade no Brasil e mesmo sendo otimista não creio estar aqui para ver.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Ezequiel Teodoro foi muito sagaz ao utilizar o termo "oceano da internet" e concordo com ele, pois a internet com sua infinadade de informações se assemelha muito a um oceano.
    O que me preocupa é a fata de preparo não somente dos profissionais da educação, pois estes têm mais discernimento entre a boa e a má informação, mas principalmente a falta de preparo dos alunos, que na maioria das vezes aprende a utilizar a máquina, e não a internet, aceitando assim muito lixo como informação.

    Valéria Silva

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  10. Andréa Moreira Maximo dos Santos
    Pós Leitura e Produção... Unitau - turma 2009

    Ao ler esse texto de Ezequiel Teodoro, lembrei-me, com a expressão “oceanos da internet” de uma música de Gilberto Gil – Pela internet – que fala sobre o eu lírico precisar de uma jangada que possa navegar nesse “infomar”. Acredito que há ainda muitos professores, assim como eu, que precisam se lançar mais nesses “oceanos”, quer seja com uma jangada, com um iate ou até mesmo com um jet ski... Outro dia, um aluno me disse que até tenta ler o livro paradidático que eu adotei, porém dorme depois de alguns minutos, questionou o porquê de eu não pedir um livro que pudesse ser lido na internet – esse sim deve ser um “nativo digital” -, pois ele nunca tem sono diante da tela... Esses questionamentos nos provocam, pois o trabalho com leitura no ambiente virtual ainda está “engatinhando”. Eu, particularmente, até já tenho uma boa jangada para me lançar ao mar, falta mais vontade de remar. Preciso pensar em estratégias de leitura que possam me garantir um bom “nado” nesses oceanos!

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