sábado, 24 de outubro de 2009

Ler e escrever na cultura digital

Ler e escrever na cutura digital: facilidades? dificuldades?
O certo é que a área é vasta e a pesquisa ainda limitada. Por isso, quanto mais refletirmos e analisarmo, mais entenderemos ess "novo" universo. Penso que só não podemos ficar alheios, alienados, achando que esse assunto não é de nossa alçada.
Assim, para mais uma jornada de comentários e debates, indico o site abaixo:

http://www.idprojetoseducacionais.com.br/artigos/Ler_e_escrever_na_cultura_digital.pdf

Grande abraço,

Marcilene Bueno

13 comentários:

  1. Professora Marcilene
    HELP! Não estou consiguindo abrir este artigo.

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  2. Acredito que a cultura digital é com certeza uma grande sala de aula aberta, participativa. Porém penso que “ler e escrever na cultura digital” é sem dúvida alguma um grande desafio a ser superado por muitos.
    Para o professor, especialmente, que assume o papel de mediador entre o diálogo e a criação de condições para que todas as vozes plugadas no hipertexto contemporâneo sejam ouvidas e cresçam juntas, “ler e escrever na cultura digital é super exigente, até porque os alunos, hoje, têm mais domínio sobre a máquina da informação, razão esta que exige do sujeito da educação a busca incessante pela cibercultura, fator este que gera-lhe angústia, porque na verdade, a atualização é sempre impossível, a todo instante surge algo novo. Também o manuseio da informação na máquina requer habilidade, flexibilidade, tempo, conhecimentos específicos, fatores bem dominados pela geração virtual, que está sendo formada pela cibercultura. Portanto, para eles tudo se torna mais fácil, principalmente pelo fato de não terem sofrido as influências do estruturalismo, do linear.
    Entretanto, a cultura digital através do hipertexto é um grande benefício para a educação, pois acontece de forma coletiva, ao mesmo tempo simultânea, é um processo rápido, amplo, livre, em que todos podem participar. Penetrar na experiência do outro a partir da interação, da comunicação onde ocorre a união e a partilha do conhecimento é democracia, é crescimento ...


    Irani Florêncio Balduino da Silva

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  3. Quando penso nesse assunto, a saber “ler e escrever no mundo digital”, percebo cada vez mais quao moderno sou e quao distante pareco estar da pos-modernidade. O fato e que o mundo digital nos faz um convite que um russo chamado Bakthin ja havia feito ha algumas decadas atras. Pelo jeito precisamos aceitar de vez o hipertexto, sua realidade dialogica e polifonica, a fim de pensar em um novo eixo nao mais focado no futuro e sim na construcao do presente que nos cerca. Sempre que meus alunos querem ter aulas na sala de informatica da escola me pergunto: O que vou ensinar-lhes ali? E estranho a sensacao que o hipertexo nos causa quando as relacoes de poder mudam. Por isso acredito, que, como o autor do artigo “linkado” neste blog, e preciso reconhecer tal mudanca e mais, procurar entender melhor quem e o sujeito da educacao de hoje. E inevitavel questionar-se a respeito do referenciais teoricos modernos, ja que me parece impossivel nao pensar na reconstrucao do sujeito que ensina em relacao ao sujeito que (re)aprende.

    Ricardo Augusto de Souza

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  4. A pergunta para reflexão ‘Ler e escrever na cultura digital: facilidades? Dificuldades?’ me permite dizer que para mim é de grande facilidade, principalmente como ferramenta de trabalho, vejo muitas facilidades, como por exemplo – inúmeras informações, recolho essas informações no meu tempo e sem dizer a distancia de trocas de informações do planeta ficou pequeno, basta apenas saber colher essas e depois clicar e fazer a famosa leitura saltadora.
    Essas facilidades geram cada vez mais dificuldades. Como por exemplo, as escritas dos alunos nos ensinos fundamentais usam às vezes uma linguagem que vai desde pequenas abreviações para poupar tempo, até abusos gramaticais, e vejo sempre a necessidade de lembrá-los que essa linguagem é apenas na internet.
    A diferença de ter facilidades ou dificuldades é que o internauta precisar ter a habilidade de lidar com a diversidade do mundo virtual.

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  5. O texto “Ler e escrever na cultura digital” explica a mudança da organização do conhecimento ocorrida com o meio virtual, em decorrência das novas maneiras de ler, escrever, enfim, de se relacionar com a escrita, guardiã dos saberes, antes apenas transmitidos oralmente, por meio de histórias, mitos.
    Essas idéias vêm ao encontro de estudos feitos durante este módulo da pós acerca do pós-modernismo, época em que nos sustentamos sobre bases “líquidas”. Na pós-modernidade não conseguimos mais a lógica, a linearidade, a estabilidade, o positivismo, o que também não temos no ambiente virtual. A autora (Andréa Cecília Ramal) explica que, num livro, é difícil consultar dois trechos de páginas diferentes ao mesmo tempo, já na leitura virtual consultamos diversos links ao mesmo tempo, abrimos muitas janelas de uma vez, recortamos, colamos, lemos aqui e lá... num processo dialógico.
    Ramal comenta que a dialogia, de Bakhtin, muitas vezes é bloqueada na escola de hoje, ainda não adaptada com a nova cultura digital. Nessa cultura, porém, por meio do hipertexto, um novo espaço é reconfigurado, pois “todas as vozes conectadas escrevem uma parte do megatexto produzido pela inteligência coletiva” (p. 5), ou seja, todas as vozes participam realmente do processo dialógico.
    Ao falar de hipertexto, a autora explica que ele está relacionado com a nova forma de organização do conhecimento, substituindo a hierarquia, a linearidade, pela multilinearidade, pelos links, pelas redes. Enquanto que no livro tínhamos um caminho linear a percorrer ao longo da leitura, no hipertexto o leitor faz seu caminho, pois cada link abre novas mensagens que levam a outros links – o leitor faz seu roteiro de leitura.
    Diante disso, a escola deverá mudar para se adequar ao novo estilo de aprendizagem, e mais: se antes o professor era o único detentor do conhecimento, hoje, o alunos dominam muito melhor a tecnologia, símbolo de poder atual. Logo, a autora elucida que a aprendizagem em conjunto será inevitável, ainda mais porque (em minha visão) o aluno precisa de um guia que o leve à autonomia, para filtrar esse novo mundo de informações de todas as formas.
    O que fica evidente, acima de tudo, é o espaço formado propício para a polifonia, para a manifestação de vozes. Basta a escola (e o professor, em especial) fazer com “todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas” (p. 9).

    Viviane Dinês de O. Ribeiro

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  6. O texto "Ler e escrever na cultura digital", nos leva a revisitar a aventura do homem na sua tentativa de manter viva sua cultura, a princípio através da oralidade, e em seguida através da escrita, que chega e inaugura uma nova fase na história da humanidade, esta forma vem possibilitar ao homem registrar suas vivências, leva o homem a desenvolver uma técnica linear de leitura, pois sua memória agora, está registrada em documentos, por isso não "se perde" em função da morte dos mais velhos como era o caso da oralidade, porém a escola trabalha a leitura com certa imposição, não levando em conta, por exemplo, o conhecimento prévio da criança, a leitura se impõe sobre a bagagem cultural da criança e esta não encontra espaço propício para se adaptar. Bakhitin nos fala de polifonia, que significa a reconstrução do texto a partir da leitura feita e os experimentos de vida do leitor, porém isso não acontece no âmbito escolar, já que os currículos são rígidos. E nesse meio, podemos até chamar adverso, surge a cibercultura, e agora o que vale já não é mais o que está simplesmente escrito, mas todas as possibilidades de leitura que os hipertextos oferecem, toda a relação com textos, informações, fotos, desenhos, tempo, enfim, toda a gama de links que se pode acessar para se obter conhecimentos e se fazer leitura linear ou virtual. O que está em jogo é que há a participação de várias vozes na construção de textos que levam os leitores a tomar conhecimento de maneira instântanea, e para que se produza o conhecimento são necessárias várias estratégias ao ler, escrever, pensar e aprender. É um saber agora coletivo, não limitado, que pode ser ampliado ou não, pode ir mais além do que se deseja em espaço de segundos. Temos ai toda uma ampla gama de possibilidades e melhor acessível a uma grande maioria de pessoas. Mas as dúvidas, os questionamentos sobre essas novas ferramentas são tantos: Como ser um bom orientador para a utlização das ferramentas do pós-moderno, sendo apenas um moderno? Como saber direcionar e selecionar o que é bom? Como estruturar aulas a partir desses novos conceitos que não caiam no comum? São situações que precisam ser analisadas e bem pensadas para entender bem o uso desse novo universo.

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  7. Ao ler este artigo comecei a questionar se o acesso à informaçao traz conhecimento. Após verificar a data do artigo, percebi porque achei algumas análises sobre a atuaçao da escola, desatualizadas. Por exemplo, hoje muitos professores já se posicionam como "arquitetos cognitivos", pois buscam traçar métodos mais adequados para o público alvo, já que há uma diversidade em sala de aula. Também se busca descobrir novas formas para se estabelecer parcerias produtivas e grupos com respeito entre si, porque muitos alunos convivem em ambientes desestruturados. Ao preparar a aula, o professor deve saber seu papel de mediador e incentivar seus alunos à criticidade e às escolhas produtivas.E ao rever os pressupostos apreendidos na faculdade, nunca deve esquecer que nem todas as crianças têm acesso à tecnologia, mesmo as que vivem entre o eixo Rio-São Paulo. O educador que se posiciona de forma contrária, precisa rever o seu próprio papel nessa fase de transiçao, de pós-modernidade, de conceitos absolutos... A era digital nos proporciona também condiçoes necessárias para "que todas as vozes sejam ouvidas(...)" inclusive a do professor!
    Angelita.
    Profa. Marcilen, obrigada por nos proporcionar meios para expor nossas ideias.

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  8. Penso que ler e escrever na cultura digital terá que ser um processo de adaptação, pois como a autora mesmo diz: “aquele a ser educado é o que melhor domina os instrumentos
    simbólicos do poder: as tecnologias”, mas será que eles estão preparados para usarem esses instrumentos?Será que essa tecnologia é acessível a todos? As conexões com os hipertextos só serão feitas partindo do conhecimento de mundo de cada um, por esse motivo o leitor terá que fazer parceria com o autor. Inovar é muito difícil para o ser humano, mas é preciso recriar, organizando as informações e conceitos, pois tudo ao nosso redor é tecnologia e não temos como fugir dela. E acredito que o grande desafio do professor seja despertar em seu aluno esse sujeito coletivo e aprimorar seus próprios conhecimentos, acostumando-se com um mundo veloz da informação.

    Priscila

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  9. Em visão ao texto, “Ler e escrever na cultura digital”, percebo o quanto algumas instituições educacionais ainda estão pautadas em paradigmas do não pensar.
    Esta escola presa a uma formação linear da história, que apenas transmite um saber apagado em sua prática cognitiva do saber, de continuidade a uma visão da realidade que não existe mais, portanto, ineficiente e ineficaz.
    Um exemplo disto, em uma aula que ministrei sobre o uso da preposição, sala do 7 ano, assunto este já aprendido em ano anterior, portanto revisão, perguntei aos alunos se lembravam, estes cantaram uma musiquinha que elencava as preposições, após a cantoria pedi que os alunos apresentassem situações onde estas preposições se encaixassem, surpreendidos me responderam que não sabiam como apresentar estas situações, pois tinham apenas aprendido a música e não o uso destas em contexto. Percebi que embora o outro professor tivesse usado um método lúdico de aprendizagem da preposição, ainda, mantinha o “estatus quo”, ou seja, de decorar sem entender o contexto.
    É nesta visão que corroboro com o hipertexto, pois esse foge do padrão linear permitindo que o aluno seja desafiado a construir com os intertextos um novo texto coerente.

    Natália Notarnicola Mitherhofer

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  10. Ler e escrever na cultura digital ainda é um grande desafio por sua amplitude de informações e diversidade de temas e opiniões.
    Torna-se ainda mais desafiador quando o educador e as instituições de ensino se encontram despreparadas para o grande conhecimento dos educandos na área tecnológica.
    A dificuldade está na confiabilidade das informações e na capacidade de filtrar as mesmas.
    O educador que tem como função ser mediador entre o educando e o conhecimento muitas vezes não encontra-se capacitado de forma adequada para direcionar seus educandos no caminho da aquisição do conhecimento.
    Ainda há um longo caminho a ser percorrido na educação para que a leitura e escrita digital seja utilizado de forma plena tanto pelos educando como pelos educadores.

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  11. Encaro a cultura digital e o processo da leitura e da escita como algo desafiador, uma vez que a grande maioria das instituições ainda estão despreparadas para tal feito, principalmente com relação ao equipamento.
    Incumbir o professor de línguas a enisnar a leitura e a escrita neste mundo digital é algo que demanda tempo, paciência e persistência, pois primeiro o professor deverá ensinar a leitura e a produção da escrita em seu âmbito real, para depois transferi-los para o mundo virtual.

    Valéria Silva

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  12. Comentário da Karina Nelbi

    Com essa leitura, percebi o quanto é feito de um estudo acerca da importância da leitura e como esses estudos podem nos ajudar a aprimorar nosso conhecimento na arte da leitura. Magda Soares, menciona que o ato de ler vai muito além da decifração de códigos, é necessário atuar na leitura, é a maneira pela qual o individuo se insere no social. Podemos perceber aqui as múltiplas funções da leitura, e consequentemente a sua importância.
    Quanto aos métodos de leitura lá abordados, percebi que o mais utilizado nas escolas é de abordagem interacionista. Embora minha preferência seja a análise do discurso, percebi que tanto eu como meus colegas utilizam-se mais da outra prática. Notei uma grande dificuldade por parte dos professores em trabalhar a leitura em classe e provavelmente devido a essa dificuldade trabalhamos mais a outra metodologia de leitura. Acredito que na teoria temos muitos subsídios mas falta a interatividade com a prática e para que os alunos se insiram nesse universo da leitura, acredito que a abordagem interacionista a princípio é o mais adequado para que futuramente ele possa ser autônomo nos sentidos que texto gerará para ele, ou seja, começar a interagir com a abordagem discursiva da leitura. Mas ai surge a minha dúvida: como gerar essa mudança na prática?
    Mirian Zappone em sua tese de doutorado, deixa evidente que propiciar o gosto pela leitura é principalmente papel da escola, mas nós como professores encontramos certa dificuldade em trabalhar esse processo, visto que a leitura deve ser trabalhada individualmente. Certamente é essa individualidade que acarreta certos transtornos para ser trabalhado dentro da sala de aula.
    É a partir desse transtorno que é gerado dentro de sala de aula, que enfatiza ainda mais a necessidade de haver uma reformulação nas práticas de alfabetização de leitura, pois como disse Zappone: a leitura discursiva é o processo pelo qual atuam dois sujeitos que produzem sentido (o leitor e o autor). Sem essa interação o que ocorreu foi simplesmente uma decodificação.
    Karina Nelbi.

    Obs: Prof gostaria de pedir desculpa pela demora, pois eu estava sem computador, por esse motivo a demora para postar os comentários. Tive muitas dificuldades em postar por isso usei a conta de minha colega Priscila

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  13. Andréa Moreira Maximo dos Santos
    Pós em Leitura e Produção de Gêneros Discursivos- turma 2009

    Falar que ler e escrever na cultura digital é um grande desafio, passa a ser, no mínimo, uma “frase pronta”, não é mesmo? E o pior – ou seria “e o melhor?” é que é, de fato, verdade. O texto de Andréa Cecília Amaral apresenta, inicialmente, como a escrita e a leitura têm sido entendidas e trabalhadas desde quando a escrita ainda nem era conhecida até os tempos atuais. Depois, apresenta a “revolução” causada pelos novos conceitos de textos com a chegada da cibercultura. As dificuldades de fato existem e precisam ser encaradas para que as facilidades apareçam, pois a partir do momento em que, nós, educadores, tivermos os “oceanos da internet” como aliados em nossas aulas, fazendo com que nossos alunos leiam e produzam cultura digital, certamente, teremos mais dinamismo e interesse da parte deles. Achei muito interessante o trecho do artigo de Andréa Cecília Amaral que diz “aquele a ser educado é o que melhor domina os instrumentos simbólicos do poder, o aparato de maior prestígio: as tecnologias.” Comungo totalmente com a opinião da autora que isso não deva ser um problema, pois “parcerias e as aprendizagens em conjunto serão inevitáveis”. Cabe a nós, professores, termos humildade, coragem e ousadia para esse “novo” universo.

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