sábado, 17 de outubro de 2009

Experiência Hipertextual

Mais do que falar sobre a leitura no ambiente virtual, é preciso experimentar.

Para começar, ofereço a possibilidade de uma experiência hipertextual por meio do trabalho de doutoramento de Maria Helena Pereira Dias. Para isso acessem:

http://www.unicamp.br/~hans/mh/

Experimentem a leitura para depois conversarmos: que destaques quer fazer da leitura realizada? o que é diferente nela? você consegue descrever a sensação?

24 comentários:

  1. A autora foi muito eficiente, pois conseguiu passar a mensagem: "O que é hipertexto?", somente pela maneira como formatou seu texto na web. Favorecendo a possibilidade de que o leitor escolha a informação que interessa através de encruzilhadas de um labirinto eletrônico e essa atitude nos proporciona a sensação de leitores saltadores.
    Josinéia

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  2. Primeiramente gostaria de deixar a minha confirmação de leitora saltadora.
    Percebi que para entender o conteúdo (das partes que eu li, afinal pulei algumas)tive que ler duas vezes. Particularmente tudo já desvia minha atenção e o ambiente virtual não ficou de fora!
    Concordo com os outros alunos quando disseram que a forma da apresentação do doutorado é bem interessante, já que a autora quis não só cuspir informações sobre o hipertexto e sim fazer com que as pessoas que o leriam vivenciá-lo.
    Ao navegar pela tese me despertou curiosidade, logo após, bem momento dos textos técnicos, me senti um pouco confusa, afinal não tenho muito conhecimento prévio sobre o assunto. Por isso se eu mesclar essas duas sensações pode ser que um dia esteja fazendo também uma tese e usando "o fio de Ariadne" como uma ferramenta de pesquisa!
    Marcela T.

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  3. Josinéia,

    Concordo com a eficiência da autora Maria Helena Dias. Porém, pensando em nós, escolher a informação, poder ser livre, testar o itinerário que quiser interfere na visão que sempre tivemos do ato de ler, não é? Qual a sensação que você tem de tal liberdade? para você ela é positiva ou não?

    Marcilene Bueno

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  4. Marcela,

    Para mim, o mais "fascinante" em relação à leitura virtual é a possibilidade de construir caminhos novos. Como dizia José Régio: "não sei para onde vou, não sei por onde vou, sei que não vou por ali." Assim, você poderá, sem dúvida, escrever e ler os textos que quiser, tecendo informações díspares e abrindo estradas desconhecidas.
    Você concorda?

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  5. Como uma leitura bem prévia sobre o assunto, afinal hipertextos, se assim podemos dizer, é um mecanismo ainda muito novo, porém facilitador diante das inúmeras possibilidades de leitura, construção de gêneros que já existem ou está realmente surgindo: uma globalização de infortmações, empirismos.
    Creio como mencionado por estudiosos atualmente estamos envolvidos numa rede de conexões e de nós, que unem e nos divergem.

    Sergio Franklin

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  6. A autora do texto, tendo em vista o ano de publicaçao de sua tese de doutorado, foi muito inovadora. Afinal, o conceito de hipertexto já avançou muito desde 2000.
    Chamou-me muito atenção o recurso utilizado por ela na opção vislumbrando. Posso dizer que foi uma sensação muito agradável navegar por meio daquele "mosaico" de imagens contendo os capítulos abordados por ela em sua tese.
    Contudo, nao posso negar a frustação que eu, leitor navegador (usando a terminologia de Rubens Queiroz de Almeida), ainda sinto ao ler um texto em uma plataforma virtual. Percebo até que o conceito de leitor "jumper" funcionou para mim, já que o texto impresso ainda me prende mais a atenção e, por vezes, visitei outros sites.
    Enfim, embora a autora nos traga uma prosposta de experiência de leitura no mundo virtual muito inovadora, há ainda muito que navegar nestes oceanos da Internet e me permito dizer que fiquei muito tentado a trocar a tela do computador pelo velho e bom papel impresso.

    Ricardo Augusto

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  7. Gostei muito de alguns trechos da tese que li, mas concordo com alguns colegas que para nós que não somos pós-modernos fica complicado acostumar com a leitura virtual, pois o papel impresso nos passa mais segurança na questão de informações verdadeiras, ou até mesmo no hábito de usar a caneta marca texto.
    Mas como professora acredito que não posso ser arredia na questão do mundo virtual, pois para interagir com os meus alunos tenho que me atualizar, me aproximando cada vez mais deles.

    Priscila Cristina

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. A forma de postagem da tese de doutorado da Maria Helena Pereira Dias foi muito interessante a junção das ideias com o tema da pesquisa e o formato de leitura na web. Gostei muito da maneira como foi colocada a definição e a exemplificação de hipertexto;
    Essa informação adicional acrescentou na minha compreensão sobre o que é realmente um hipertexto, pois ilustrou muito bem um tema que não é novidade em uma roupagem diferente.
    Como leitora não apenas interagi, mas tive a facilidade e oportunidade de explorar os temas nas quais me chamaram mais a atenção, decidindo o rumo que seguiria do texto realizando uma leitura saltadora.
    Sem duvidas essa forma de ler é positiva e devido ao meu trabalho digo que estou familiarizada com leituras na internet - claro que não posso deixar de dizer sobre o conforto de ler em papel; mesmo assim cada dia que passa o avanço da tecnologia computacional me deixa mais ‘tentada’ em utilizar seus inúmeros recursos.
    Posso definir que o hipertexto é um conjunto de informações geradoras de mais informações que se interligam em algum ponto.

    Daniela H. Domingos.

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  10. A partir de da leitura de “Uma experiência hipertextual” comento:


    O hipertexto, proposta cultural pós-moderna, é um grande avanço educacional, porque reúne uma variedade de subsídios para a sua interpretação.
    Pensando na leitura como forma de ampliar conhecimento e superar limites pré-estabelecidos pelo estruturalismo, o hipertexto também possibilita maior participação do leitor neste processo, pois instiga-o à curiosidade e por conseqüência, leva-o à pesquisa permitindo novas descobertas. Com isso o aprendizado torna-se mais prazeroso e à leitura cada vez mais crítica. Porém, “a característica de não linearidade exige atenção redobrada para não haver a dispersão do foco de pesquisa”, orienta o autor Santos.
    O hipertexto exige o exercício da leitura virtual como suporte para o seu entendimento. Pois ele é marcado pela inovação da informação. Uma interpretação expansiva requer conhecimento acumulado e atualizado, hoje acessível pela tecnologia.


    Irani Florêncio Balduino da Silva

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  11. A sensação de ler um texto assim, por hipertexto, é, sem dúvida, de mais liberdade, mas ainda me sinto um pouco perdida... Acho que isso tem a ver com a cultura da leitura, digamos, linear feita no papel e com o estranhamento que sentimos quando a leitura pode ser mais livre, saltante, pois ainda não estamos acostumados com o reflexo da superfície "líquida" na qual vivemos, nesta pós-modernidade...
    Viviane Dinês de O. Ribeiro

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  12. Me considero uma leitora saltadora. Mas confesso que gostei do texto. Pois a autora explica de maneira clara o que é hipertexto.
    Que nós possibilita a livre escolha do caminho a ser percorrido agregando recursos que certamente torna a navegação mais atraente.
    Pois afinal de contas estamos na pós-modernidade. Onde tudo é líquido. Daqui a pouco aparece outra novidade.

    Beatriz Cristina Gonçalves

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  13. Ler, para mim, sempre foi prazeroso. Entretanto, com esta leitura inovadora, confesso, fiquei "perdida". Foram muitas informações novas e interessantes que se aliaram ao desejo de saber e de entender, mas que ao final, fiquei sem absorver o conteúdo e a intençao do autor. Talvez, isto seja a interação do texto e da leitora, a qual àvida por apreender, ficou no labirinto...
    Angelita

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  14. Assim com alguns de meus colegas, com a leitura da tese, pude me perceber com uma leitora saltadora; mas, ao contrário de muitos, não acredito ser esse de fato um problema, uma vez que, a característica essencial do hipertexto é, justamente, o fato de dar liberdade de escolha ao leitor, ou seja, deixar com que ele dê o rumo que desejar à sua leitura. O fato de você não conseguir ou não querer ler o texto em sua totalidade, não, necessariamente, significa que você não depreendeu algo de seu conteúdo, mas sim que, simplesmente deixou de lado aquilo que acreditou que não lhe teria serventia. É claro que, em razão de nossa cultura e de nossos hábitos, que ainda tangem a leitura linear, ou seja, leitor e papel, esse conceito de leitura pós-moderna tende a ser ainda pouco assustador, o que é normal, visto que da data de nosso nascimento para os dias atuais ocorreu uma evolução tecnológica muito grande, fazendo com que nos sintamos, por muitas vezes, “perdidos”. No entanto, eu, enquanto professora, tenho a consciência do tamanho da importância da minha adequação, bem como a de meus conteúdos a esse novo universo. Acredito que a solução para que essa transposição de cultura de fato se dê, seja apenas a nossa abertura a essa nova perspectiva de ensino.

    Luana Maria

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  15. Essa liberdade muitas vezes me assusta, pois quando estou na frente das inúmeras janelas de informação da Web percebo que perco o foco,a atenção e muitas vezes não consigo me concentrar.

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  16. Como disse o colega Ricardo, a autora foi muito inovadora para sua época, mas acredito que atualmente seu layout esteja muito desatualizado, o que desestimula minha curiosidade em ler os textos.
    Eu particularmente não consigo ler mais que 30 linhas no ambiente virtual a partir daí tenho a impressão de que estou perdendo tempo e que pode haver algo mais interessante me aguardando em outro endereço.
    Para ler todos esses textos com certeza eu precisaria imprimi-los e ir para um lugar bem calmo para conseguir compreender as mensagens.
    Entendo que ela utilizou três formas distintas de menu para possibilitar nossa interação e ver a diferença entre as três formas de navegação, mas isso me causou um certo desconforto, eu imaginei que iria encontrar temas distintos em cada menu.
    Penso que o texto em ambiente virtual não substitui, mas apenas complemente o texto impresso, dando a oportunidade de usar figuras, multimídias e outras informações pertinentes.

    Ana Claudia Luciano

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  17. A maneira como a tese de doutorado foi apresentada é realmente inovadora e interessante. A experiência com o hipertexto só me fez tomar mais consicência da minha condição de leitora saltadora, já que não consigo me prender por muito tempo em uma leitura no mundo virtual, pois me cansa. Ainda estou muito presa ao papel e à liberdade que ele me traz quanto ao meu posicionamento físico durante a leitura. É, sinto que tenho de me adequar a essa proposta cultural pós-moderna!

    Valéria Silva

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  18. A leitura dessa tese nos aporta a vários questionamentos: Como se aventurar por hipertextos se somos fundamentados em leitura linear? O que fazer para não ser simplesmente leitor saltador? E como levar essa ideia de hipertextos e sua contribuição na aprendizagem para nossos alunos, que estão acostumados a usar a internet de maneira aleatória, sem intenção de busca de conhecimento?
    Na verdade, a leitura dessa tese, sua relação com o mito do labirinto, nos faz perceber que começamos a adentrá-lo a partir de nossas dúvidas sobre nosso papel moderno, dentro de um momento pós-moderno, quando pensamos em levar essa nova tecnologia a nossos alunos despreparados e desinteressados, e algumas vezes incapacitados de desenvolver opinião sobre o assunto, pois assim como nós pouco conhecem dele, porém está ai uma nova possiblidade de desenvolver conhecimento, de se ampliar nossa bagagem cultural, e temos que nos adaptar, pois o tempo urge, e os assuntos passam em frações de segundos.

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  19. Pensar em uma aprendizagem de leitura pautada na formação apenas reprodutiva de uma ideologia, de um determinado grupo, é subjugar a capacidade do leitor-autor na construção de sua história cultural.
    É neste enfoque de competência leitora que me atento a dizer que a autora Maria Helena apresenta como ferramenta pedagógica o hipertexto, esta que vejo ser uma possibilidade de aprendizagem significativa das competências leitoras, e da formação de leitores-autores que elaboram de forma livre e colaborativa uma trajetória cognitiva do conhecimento.
    Apesar desta proposta criativa, livre (autônoma) de pensar a leitura, penso que as instituições educacionais ainda estão presas a uma formação estruturalista da aprendizagem, e a um não pensar das tecnologias que viabilizam o hipertexto, pois como cita Santos, a não linearidade dos textos (links) faz com que estes ainda presos em uma estrutura de perguntas e textos pré–estabelecidos como verdadeiros por “alguém”, se percam nas múltiplas informações.
    Entendo que, apesar das implicações da leitura virtual, esta possibilita a construção de leitores que buscam novos desafios do saber e a formação subjetiva de cada um.

    Natália Notarnicola Mitherhofer

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  20. Ler um texto na rede já é algo diferente para nós professores que gostamos de fazer anotações nas laterias da página. Além disso, as várias janelas que temos que abrir me causarma a sensação de não ser capaz de aproveitar todas as informações. Algo parece que vai ficar para trás, eu não vou conseguir ver ou ler tudo o que é necessário.

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  21. Devo confessar que não me sinto a vontade para esse tipo de leitura. Primeiro porque sou obrigada a me manter numa mesma posição e lugar; segundo não tenho onde anotar minhas observações e por último porém não menos relevante: não consigo manter minha atenção ou mesmo motivação.
    Apesar de adorar ler, a leitura de hipertexto me é cansativa e desmotivante, talvez pelo excesso de informação ou pela infinidade de possibilidades, não sei.
    Ainda estou muito apegada ao papel que levo para onde quero e leio quando realmente estou interessada. Parece uma idéia um tanto retrogada, mas afinal de contas não fazemos isso quando imprimos um artigo ou livro, buscando a liberdade de ler onde e quando puder e ter nas mãos apenas um tema?
    Leitura na internet para mim é somente de temas curtos, tipo critícas ou sinopses.

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  22. marcilene,
    concordo sim com você em relação à liberdade que temos de escrever e ler o quer quiser, e isso é realmente muito bom, inclusive ao pesquisar um pouco mais sobre esses assuntos que você aborda consigo obter mais informações e não me sentir tão leiga!
    Até encontrei um trabalho bem interessante sobre hipertexto.
    E obrigada pelas reflexões

    http://www.textodigital.ufsc.br/num03/nivea.htm

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  23. Andréa Moreira Maximo dos Santos
    Leitura e Produção... Unitau turma 2009

    Professora Marcilene, o ambiente virtual para alguém que como eu tem catorze graus de miopia e já passou dos quarenta ( ou seja, usa lente e óculos) não é um “mar de rosas”, sendo assim, é evidente que um hipertexto , inicialmente, causou-me estranheza e fiquei um pouco perdida, mas confesso que a sensação de liberdade de “ir e vir” supera as demais sensações. Essa possibilidade de leitura é a “cara” dos jovens atuais, que são mais interativos e, certamente, sentirão um grande prazer em realizá-la.

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  24. Interatividade e liberdade são as palavras que me vêm em mente quando me deparo com um texto virtual adicionado de hipertextos. Sou, como a maioria, uma leitora saltadora e acho que essa característica está ligada ao fato de ser muito curiosa. Saber que alí naquele ponto existe uma outra janela com mais informações é, para mim, simplesmente irresistível!! Acontece que as distrações me confundem e eu acabo levando quase o dobro do tempo para atender ao meu objetivo de leitura.

    Telma Marcondes
    Leitura e Produção de Gêneros Discursivos 2001

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